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Após um acidente doméstico que resultou em um ferimento na cabeça do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi designado para chefiar a delegação brasileira na Cúpula do Brics, que ocorrerá em Kazan, na Rússia. A mudança de liderança foi anunciada neste domingo, 20 de novembro, um dia após o presidente cancelar sua viagem ao evento por recomendação médica.

Lula sofreu o acidente em Brasília no sábado, 19 de novembro, e, apesar de os médicos avaliarem que o ferimento não era grave, foi aconselhado a evitar viagens de longa duração como precaução. O presidente estava programado para embarcar para a Rússia no final da tarde deste domingo, acompanhado por Mauro Vieira e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que também cancelou sua participação no evento.

O Brics, que foi criado em 2006 e reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ampliou sua membresia durante a última cúpula em Joanesburgo ao incluir novos membros, como Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Apesar disso, a Argentina anunciou recentemente sua saída do bloco.

A cúpula de Kazan, que começa na próxima terça-feira, 22 de novembro, será a primeira a contar com a presença dos novos membros. Durante o evento, está prevista a discussão sobre a criação de uma nova categoria de países parceiros, com cerca de 30 nações, incluindo Venezuela, Nicarágua, Bolívia, Cuba, Turquia, Nigéria, Marrocos e Argélia, posicionando-se como candidatas a essa nova classificação.

Participação de Lula por Videoconferência

Embora Lula não compareça pessoalmente à cúpula, a Presidência da República informou que o presidente irá participar do evento por meio de videoconferência, mantendo uma agenda de trabalho normal na próxima semana em Brasília, no Palácio do Planalto. De acordo com o boletim médico, Lula continua sob os cuidados da equipe médica, composta pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho e Dra. Ana Helena Germoglio, após receber cinco pontos no ferimento na região occipital. Assim, o Brasil seguirá representado internacionalmente, mesmo na ausência do seu presidente em solo russo.