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No próximo dia 6 de outubro, os moradores de Muçum, a 154 km de Porto Alegre, precisarão alterar suas rotas habituais para chegar ao local de votação, devido à destruição do Colégio Municipal Alternativo pelas enchentes que devastaram a região. Esta escola, que abrigava seções eleitorais, teve sua estrutura condenada, resultando na transferência das urnas para o salão paroquial, localizado a cerca de 200 metros do local original.

A situação se torna ainda mais desafiadora, pois a operação é parte de um esforço em larga escala para garantir que os cidadãos possam exercer seu direito de voto, mesmo após desastres naturais. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o governo estadual têm se mobilizado para preparar deslocamentos e garantir que todos os eleitores tenham acesso às urnas.

As enchentes de setembro de 2023 e a mais recente cheia em maio resultaram na interrupção de atividades em várias seções eleitorais, sendo esta a primeira vez que Muçum se prepara para um pleito tão complicado. Estas condições complicaram o trabalho do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que já havia enfrentado um alto índice de abstenção nas últimas eleições, exacerbado pela transição e deslocamento de famílias.

O TRE também está planejando uma campanha para conscientizar os eleitores sobre a importância de comparecer às urnas. O presidente do TRE-RS destacou que “quem não vai a uma seção eleitoral perde a legitimidade para reclamar de seu gestor”. Eles estão trabalhando para minimizar a abstenção, garantindo que o transporte público gratuito estará disponível dentro dos municípios, facilitando o acesso aos locais de votação.

Essa adaptação é crucial para manter a integridade do processo eleitoral e garantir que todos tenham a oportunidade de participar da governança local, especialmente em tempos de crise. A população de Muçum continua esperançosa de que, apesar das adversidades, a democracia prevaleça e o direito ao voto seja respeitado.