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O ativista ambiental canadense Paul Watson, conhecido por sua defesa intransigente das baleias, está sob a ameaça de extradição ao Japão, onde é acusado de atacar um barco baleeiro há 14 anos. O julgamento do pedido de extradição ocorrerá nesta quarta-feira (4) em um tribunal da Groenlândia, onde Watson se encontra preso há mais de um mês. Se a extradição for aprovada, o ativista de 76 anos poderá enfrentar uma pena de mais de 15 anos, o que, devido à sua idade, resultaria em uma sentença quase perpétua.

A prisão de Watson aconteceu no mês passado quando seu barco entrou no porto de Nuuk, na Groenlândia, para reabastecimento. Ele foi detido com base em um pedido de prisão emitido pela Interpol, anteriormente retirado das listas de procurados, mas que ressurgiu após um novo pedido do Japão. Watson descreveu sua detenção como uma “emboscada” e criticou a inclusão de seu nome em listas de criminosos, argumentando que isso contrasta com a verdadeira violação das leis, que é a caça das baleias praticada pelo Japão.

A situação gerou uma mobilização significativa, tanto em suas redes sociais quanto em protestos organizados no Brasil, onde apoiadores buscam garantir o apoio do governo dinamarquês. Artistas e formadores de opinião estão exigindo uma revisão do pedido de extradição, ressaltando a importância da luta de Watson pela proteção dos oceanos e das espécies ameaçadas. A atenção internacional sobre o caso destaca as implicações mais amplas da defesa ambiental e as batalhas contínuas contra a exploração da vida marinha.