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A ex-chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) durante o governo Michel Temer (MDB), Raquel Dodge, está intensificando suas negociações em Brasília para conseguir apoio visando sua indicação como ministra do STJ. Nas últimas semanas, Dodge se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para discutir sua possibilidade de ser indicada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O encontro, solicitado por Dodge, ocorreu no dia 28 de agosto, no Palácio do Planalto. Durante a reunião, a subprocuradora apresentou seu pleito ao vice-presidente, buscando seu apoio para ser indicada pelo presidente Lula (PT) para uma das duas vagas no STJ, que estão atualmente destinadas ao Ministério Público. A aposentadoria das ministras Laurita Vaz e Assusete Magalhães deixou essas vagas em aberto, uma sendo para a Justiça Federal e a outra reservada para o MP.

A votação dos ministros do STJ está prevista para o dia 15 de outubro, quando deverão analisar duas listas tríplices que serão enviadas ao presidente Lula para a escolha dos novos integrantes da Corte. Além de suas conversas com Alckmin, Dodge tem se esforçado para estreitar seus laços com aliados próximos ao governo. No dia 30 de agosto, a subprocuradora participou da posse da advogada Gabriela Araújo como desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), em São Paulo. Gabriela é uma figura próxima à primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, que também esteve presente no evento. Além de sua conexão com a primeira-dama, a nova desembargadora integra o grupo Prerrogativas, que é composto por advogados progressistas críticos à Operação Lava Jato. Essa movimentação política pode sinalizar um alinhamento crescente entre Dodge e os setores do governo que defendem uma reforma do sistema judicial.