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Prepare-se: 17 pontos que o coronavírus vai mudar nas suas viagens

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Até que tenhamos um tratamento/vacina testado e bem distribuído, não será possível imaginarmos nossas vidas em uma era pós coronavírus.

Faz mais sentido pensarmos em uma realidade semi-normal, que considere novas rotinas e processos com o coronavírus circulando entre nós. Principalmente se levarmos em conta novas ondas de surtos como ocorreu em epidemias passadas como da Gripe Espanhola e MERS. E como já tem sido noticiado ao longo da última semana em países como China, Alemanha e Coreia.

Entretanto, dado que toda a cadeia do turismo foi severamente impactada e considerando o posicionamento da Smartrips como uma das empresas responsáveis por trazer inovações ao mercado de viagens a trabalho, nos sentimos obrigados a ajudar clientes e parceiros a pensar como atuar de maneira responsável e eficiente e antever o que deve mudar a partir da pandemia.  

Os pontos deste artigo focam em como a dinâmica de viagens deve mudar especificamente para os viajantes no novo cenário. São resultado de pesquisas, discussões com organizações do setor e também do que já é possível verificar em países que começaram o processo de retomada ou mesmo em empresas dentro do Brasil que já divulgaram medidas.

Não é objetivo deste texto discutir complexidades de implementação, barreiras legais e tampouco quando e como devemos retomar as atividades. Há amplo material bem embasado e disponível na internet com estudos sobre a disseminação da doença e adoção de medidas no combate ao vírus. O desafio de equilibrar a situação econômica e o avanço do vírus sem sobrecarregar o sistema de saúde já tem sido debatido por gente muito competente.

1. Assentos vagos para garantir distanciamento dentro das aeronaves

Nos últimos dias rodou pela internet um vídeo da Gol em que o comandante do voo parabeniza os profissionais de saúde que estavam na aeronave indo combater o coronavírus em Manaus.

O vídeo é muito bacana e dá um baita orgulho de quem está na linha de frente. Porém, o que mais chamou atenção foi o distanciamento entre os passageiros com as fileiras centrais não ocupadas. Essa foi uma das primeiras medidas adotadas pelas cias aéreas e deve ser comum na reabertura você se deparar com um assento vago ao seu lado. 

Não há uma regulamentação ou diretrizes oficiais que definem as condições, a efetividade é discutida pela comunidade científica e isso pode variar de acordo com cada aeronave e trecho. Algumas propostas discutem a possibilidade de que os assentos sejam intercalados com cargas de transporte para garantir um espaço maior entre os passageiros.

Contudo, teme-se o aumento no preço das tarifas originados obviamente pela quantidade de pessoas no voo.

2. Carteira de imunidade e documentos médicos além dos documentos tradicionais

Você já deve estar acostumado a viajar com os documentos de identificação como RG, CNH e passaporte. Acostume-se com a ideia de ter um outro documento que comprove a sua situação de saúde. Parecido com as atuais carteiras de vacinação para doenças como a febre amarela só que nos moldes de uma carteira de imunidade.

 Esse tipo de comprovante tem sido amplamente utilizado na China por estabelecimentos comerciais, hotéis e até mesmo parques de atrações. Chile, Alemanha e Estados Unidos já declararam que pretendem adotar a ideia. 

3. Testes para embarcar e quiosques de triagem

Companhias aéreas já estão adotando a medida embora com diferentes abordagens. A Emirates, por exemplo, aplicou testes em passageiros antes de um voo e divulgou os resultados em 10 minutos.

Os testes não diagnosticavam a infecção por coronavírus, mas evidenciam se a pessoa tinha anticorpos que poderiam indicar uma exposição ao vírus. Outras cias aéreas, como a Etihad, planejam monitoramento de temperatura, frequência cardíaca e respiratória de cada viajante em espaços destinados a isso dentro do aeroporto. Uma passagem no quiosque de triagem da sua companhia aérea. No âmbito nacional a Azul começou a adotar a medição de temperatura para seus tripulantes.

Entretanto, até mesmo obviamente, todos os passageiros deverão estar usando máscaras de proteção nos voos.

4. Novas formas de se formar filas de embarques e imigração

Meses atrás circulou nas redes um vídeo de um embarque da Azul no aeroporto Afonso Pena em Curitiba que havia uma projeção no chão formando uma espécie de tapete virtual que organizava a fila. Novos processos de embarque que utilizam tecnologia para evitar filas e garantir o distanciamento entre as pessoas também estão por vir.

5. Processos de imigração mais demorados e criteriosos

Se você já ficava cansado de esperar para entrar em alguns países, o processo deve se tornar ainda mais rígido daqui pra frente. Viajantes vindos de áreas de risco ou países que compartilham poucos dados com a comunidade internacional podem passar por processos ainda mais criteriosos. Já é possível observar isso em países Asiáticos que estão alguns meses na nossa frente e já retomaram as viagens.

6. Simplificação dos serviços dentro da aeronave

Aquele pacote com cobertor e travesseiro nos voos internacionais deve sair de cena. A venda de outros produtos também deve ser interrompida. A Lufthansa já anunciou a redução de suas ofertas dentro das aeronaves e o não oferecimento dessas comodidades para os viajantes em nome da prevenção.

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7. Sem ônibus lotado para ir até o avião

É esperado que as empresas priorizem o embarque nas aeronaves por fingers (aquela ponte de embarque que conecta o terminal do aeroporto diretamente com o avião) para que os viajantes não precisem se aglomerar em deslocamentos de ônibus até a aeronave. Porém, esse procedimento de embarque não está disponível em muitos aeroportos assim como para todos os embarques. Diante disso, são previstas limitações de ocupação dos ônibus que transportam os passageiros e até mesmo, disponibilização de mais ônibus para fazer o trajeto.

8. Fechamento de lounges VIPs

Banho, soneca e buffet antes de entrar no avião não devem estar disponíveis por algum tempo. Lufthansa e Mastercard já comunicaram a suspensão dos serviços e a expectativa é que outras companhias aéreas adotem a mesma medida.

9. Obrigação do uso de máscaras dentro das aeronaves e hotéis 

Já estamos vendo a obrigatoriedade de uso no cotidiano das cidades. Nos aeroportos e aeronaves isso também se tornará mandatório. Você não entrará em um avião sem uma proteção para boca e nariz. 

10. Novos diferenciais serão comunicados por cias aéreas e hotéis

Faz tempo que companhias aéreas e hoteleiros batalham arduamente para comunicar diferenciações em seus negócios. Principalmente as aéreas, que sempre quiseram diminuir a percepção do viajante de que se estava comprando um serviço comoditizado. Aí nascem programas de fidelização e oferecimento de amenidades como wifi e entrada USB. Já parou para pensar que as novas amenidades e diferenciais podem ser os processos de higienização da cabine de um voo ou mesmo a limpeza de um hotel?

Não se esqueça disso quando se deparar com um anúncio de um hotel ressaltando que eles não possuem carpetes nos quartos ou uma companhia aérea mencionando que o seu processo de limpeza de cabine usa uma tecnologia mais eficiente do que a do concorrente. A Azul foi a primeira aérea a anunciar que o filtro de limpeza de cabine utilizado pela empresa extrai 99% dos vírus dentro das aeronaves.

11. Seguro viagem não vai mais passar em branco

Necessário para viagens internacionais e pode se tornar mais comum em viagens nacionais. Você que não achava que valia a pena selecionar aquele seguro viagem no final da compra provavelmente passará a levar essa proteção em conta. Mesmo os seguros não cobrindo situações extraordinárias como uma pandemia global, já foi possível verificar um aumento do número de vendas em diferentes mercados enquanto o vírus começava a se espalhar pelo mundo.

12. Estar doente pode te fazer repensar se vale a pena viajar 

Se sentir constrangido por estar gripado e espirrar ou tossir dentro de um avião pode ser visto com maus olhos pelas pessoas ao seu redor. Isso deve ocorrer em diversas situações sociais e não apenas se você estiver viajando. O estigma criado por esse tipo de situação pode fazer com que viajantes pensem algumas vezes antes de decidir viajar com algum problema de saúde.

Além disso, a necessidade de passar por verificações adicionais em novos processos criados pelas cias aéreas e aeroportos pode fazer com que viajantes repensem se vale a pena viajar.

13. Transporte de ônibus passa a ser uma alternativa mais considerável

As viagens nacionais vão voltar antes das internacionais. O Brasil é o terceiro país do mundo (atrás apenas de China e Estados Unidos) na participação de viagens nacionais dentro do volume de viagens. Ainda que o país tenha a complexidade da extensão territorial, o que pode fazer com que as diferentes regiões do país estejam em momentos distintos de retomada e atrase algumas viagens entre estados. 

Para deslocamentos menores, muitas empresas já escolhiam o ônibus no lugar do avião com intuito de economizar ou até mesmo pelo conforto de um leito durante uma viagem de madrugada. A necessidade de contenção financeira e o aumento de processos para se fazer uma viagem de avião podem fazer com que mais viajantes a trabalho procurem essa alternativa.

14. Restrição da divisão de quartos em hotéis

Hoteleiros já discutem a possibilidade de evitarem estadias de pessoas que não sejam da mesma família em um mesmo quarto. Aquela possibilidade de dividir quarto com o colega de trabalho para economizar pela empresa pode não ser possível nos próximos meses.

15. Alternativas ao buffet nos hotéis

Hotéis podem suspender temporariamente serviços de buffet e salões compartilhados para refeições. Entre as saídas discutidas está a entrega de alimentação diretamente no quarto em caixas lacradas com as refeições.

16. Hotéis com controle mais rígido em áreas comuns 

Implicações de vigilância ou medidas governamentais podem exigir que os hotéis passem a controlar a taxa de ocupação em áreas comuns assim como a higienização específica com maior frequência desses espaços.

17. Selos de combate ao coronavírus na cadeia de turismo

Portugal foi o primeiro país a propor essa iniciativa por meio do selo “clean & safe”. O selo é emitido pelo departamento de turismo integrado ao Ministério da Economia e da Transição Digital do país. O objetivo é identificar agentes na cadeia de turismo assegurem para os viajantes a adoção de processos de higiene e limpeza adequados ao combate do coronavírus.

 Iniciativas similares devem surgir em diferentes países e você talvez procure por esse tipo de segurança antes de reservar sua viagem. Talvez sua empresa dê indicativos de preferência por fornecedores com esse tipo de comprovação.  

Ainda há muita discussão em torno das medidas e de como implementá-las. Certamente ideias novas devem surgir ao longo dos próximos meses. Será um esforço coletivo de empresas, organizações e entidades governamentais para que tenhamos uma retomada segura e estudar as melhores práticas em países que estão na nossa frente é fundamental.

E você… está com saudades de viajar ?

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